Por Thonny Hawany
Se de um lado, temos igrejas que combatem o amor entre pessoas do mesmo sexo, de outro, temos igrejas que, não só apoiam, mas também valorizam, consagram e abençoam em nome de Deus as uniões entre homossexuais. A Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) em São Paulo é uma dessas crescentes igrejas cujo discurso passa longe da discriminação de minorias sociais.
A ICM é uma organização que está presente em aproximadamente 38 países do mundo e surgiu por força do movimento LGBT. Em São Paulo, a igreja é coordenada pelo pastor Cristiano Valério, homem de fé que não mede esforços para evangelizar fazendo valer os direitos à igualdade entre os homens aqui na terra como é da vontade dos próprios homens e também de Deus.
Conforme anunciado, no dia 25 de junho de 2011, às 18h, véspera da 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, será celebrada mais uma das edições de casamentos coletivos homoafetivos da ICM. Na mesma ocasião, acontecerá a assinatura e a entrega de Escrituras Públicas de União Homoafetiva previamente lavrada pelo 29º Tabelionado de São Paulo. Cabe salientar que esse será mais um momento histórico para o movimento LGBT brasileiro. Nada muda a história, nem mesmo o discurso inflamado de fundamentalistas que a cada dia que passa prega para uns poucos que ainda insistem em não reconhecer o óbvio.
No convite oficial da igreja está escrito que “casamento é quando duas pessoas decidem dividir seus sonhos, planos, responsabilidade. Essa decisão independe de reconhecimento legal. Ao mesmo tempo, ao celebrar esses casamentos, a ICM se posiciona corajosamente a favor do reconhecimento legal dessas uniões”. Bravo! Desculpe, não contive a alegria que invadiu o meu coração ao ler as palavras da ICM e exclamei.
Pioneira, corajosa, humana, progressista, igualitária, libertária. Se o texto não perdesse o seu valor denotativo, pela enumeração exagerada, eu listaria quantos adjetivos pudesse para descrever a Igreja da Comunidade Metropolitana em face dos direitos humanos de todos os que possuem orientação sexual e identidade de gênero homoafetiva. É preciso que nós militantes LGBT componhamos uma frente de apoio a movimentos como os da Igreja da Comunidade Metropolitana, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e do 29º Tabelionato de São Paulo.
OBSERVAÇÃO: A(s) imagem(ns) postada(s) nesta matéria pertece(m) ao arquivo de imagens do Google Imagens e os direitos autorais ficam reservados na sua totalidade ao autor originário caso o tenha.
como cadastrar-me para o casamento comunitario gay . jeancarloshin@hotmail.com
ResponderExcluir