Organizado por Thonny Hawany
O
QUE É?
Segundo Santos (2014, p. 147), tẹ̀tẹ̀, o
bredo branco, sem espinhos, “também nomeada caruru, é uma planta rica em ferro,
potássio, cálcio e vitaminas A, B1, B2 e C, por isso ela tem sido resgatada na
culinária que aproveita suas folhas e talos para fazer refogados, molhos,
tortas, pastéis e panquecas; com suas sementes são feitos pães ou elas são,
simplesmente, comidas torradas”. Apesar de todas essas propriedades, bredo é
considerada uma erva daninha haja vista nascer com muita facilidade.
DADOS
IMPORTANTES:
Nome
em yorùbá: ewé tẹ̀tẹ̀
Nomes
populares: bredo, bredo-sem-espinhos, caruru
Nome
científico: amaranthus viridis
Òrìsà(s)
associado(s): Òsàlà e Ògún
Elemento
associado: terra
Gênero:
feminino
Significado
sagrado: segurança, perseverança, otimismo, força, vitalidade, ânimo
ENCANTAMENTO
(ORIN/ỌFỌ̀):
Tẹ̀tẹ̀ kọ má tẹ
o
Dání
ṣò ni lẹ̀
Tẹ̀tẹ̀ kọ má tẹ
o
Dání
ṣò ni lẹ̀
TRADUÇÃO
CONTEXTUAL:
Bredo
acorda sempre aquele que é indolente,
preguiçoso,
sem ânimo.
Bredo
dá segurança ao inseguro.
FUNÇÕES
TERAPÊUTICAS:
Conforme
a cultura de terreiro, o bredo/caruru é utilizado para combater infecções e
também como auxiliar no tratamento de problemas relacionados com o fígado.
Indica-se no combate às doenças relacionadas com os osso, dentes tendo em vista
sua riqueza em cálcio.
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES DO AUTOR:
1.
Ewé tẹ̀tẹ̀ é
remédio espiritual quando utilizado nos banhos sagrados, é uma das primeiras
folhas cantadas na preparação do àgbo (omí ẹ̀rọ̀).
2.
Como vimos acima, ewé tẹ̀tẹ̀ é remédio para o corpo, tendo em vista que
alimenta, palia, auxilia e cura.
3. Ewé tẹ̀tẹ̀ é apenas um dos exemplos de quem nem tudo é erva
daninha. Ao carpir nosso jardim, podemos estar nos desfazendo de importante
alimento e/ou remédio.
4. Motivo pelo qual é classificada como erva daninha: ter muita semente e nascer em abundância.
Observação: É importante lembrar que nenhum conhecimento popular sobre
doenças exclui a necessária orientação de um médico. Consulte um médico antes
de fazer uso de qualquer substância, quer seja ela natural, quer seja ela
produzida em laboratório.
REFERÊNCIAS:
BARROS,
José Flávio Pessoa de e NAPOLEÃO. Ewé òrìṣà: uso litúrgico e terapêutico dos
vegetais nas casas de candomblé jeje-nagô. 5.ed., Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2011.
SANTOS,
Maria Stella de Azevedo. O que as folhas cantam (para quem canta filha.
Brasília: INCTI, 2014.
VERGER,
Pierre Fatumbi. Ewe: o uso das plantas na sociedade ioruba. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
Fonte da imagem: banco de fotos do autor
Fonte da imagem: banco de fotos do autor
Assa ô! Muito informativo! Obrigada 🙏
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