Por Thonny Hawany
Na Amazônia, entre os índios ticuna, uma das etnias mais populosas, um grupo de jovens tem rompido com velhos costumes, a exemplo de não querer mais pintar o pescoço com tinta de jenipapo para engrossar a voz, em virtude de não mais se interessarem pela voz grave própria dos homens heterossexuais.
O grupo de ticunas gays denuncia que sofre preconceito dentro da aldeia. Aos jovens gays são atribuídas palavras pejorativas e, quase sempre, têm que andar acompanhados para não serem vítimas de violência física. Pelo que declararam à Folha, embora haja tal animosidade entre os demais jovens da aldeia, dentro da família, conseguiram vencer as principais barreiras do preconceito desempenhando atividades que acabaram dando orgulho aos pais, tais como: dança e serviços domésticos.
O fenômeno da homossexualidade entre os ticunas é bastante novo, segundo informação colhida entre os administradores indígenas, não havia registros de índios gays no passado. “isso é novo para a gente. Não víamos indígenas assim, agora rapidinho cresceu em todas as comunidades. São meninos de 10, 15 anos”, declarou Darcy Bibiano Murati.
Para Raimundo Leopardo Ferreira, cientista social e índio ticuna, não havia registros anteriores de ticunas gays. Para ele, o fenômeno é bastante recente. Raimundo Ferreira teme que o preconceito agrave os problemas sociais entre os jovens, como: dependência alcoólica e às drogas ilícitas.
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