quarta-feira, 27 de abril de 2011

TRANSEXUAIS GANHAM DIREITOS NO PAQUISTÃO

Por Thonny Hawany

Quando li a notícia pela primeira vez, não acreditei. Se não fosse um blog confiável, eu teria considerado uma brincadeira de mau gosto do jornalista. Mesmo assim, recorri ao grande oráculo: Google. Fiz uma pesquisa em sites de grandes jornais do Brasil e de outros países para atestar a veracidade e os detalhes da notícia. É verdade. O mundo está mudando. Ainda há esperança aos que sofrem o peso da discriminação.

Todas as vezes que escrevo notícias a respeito da consecução de direitos homoafetivos em países desenvolvidos e em desenvolvimento, consterno-me ao lembrar os países, especialmente os mulçumanos, onde ser homossexual é crime, muitas vezes, punido com a morte. Daí o meu espanto com a notícia que hora publico e comento.

E fato, é notícia, é verdade. O governo conservador do Paquistão causou espanto ao mundo por anunciar medidas que, se não dignificam, amenizam a situação social de milhares de transexuais que vivem naquele país.

Conforme está estampada nas manchetes, a primeira das medidas foi a criação e introdução de um terceiro gênero pela Suprema Corte nos documentos de identificação nacional. Como segunda medida, o governo está empregando transexuais que, pela grande dificuldade, só podiam ser profissionais do sexo, de entretenimento ou pedintes. A medida é de fato dignificante. Como trabalho os transexuais, em grupo, agora, fazem a cobrança de impostos atrasados.

Segundo informou uma transexual, a vida naquele país é muito difícil para todos, especialmente, para os que são, declaradamente, transexuais. Não há trabalho, não há lugar para morar e ainda não há como andar pelas ruas sem sofrer abusos.

As medidas não resolveram a vida de todos os transexuais daquele país, mas está um luz, ou melhor, um grande holofote, no final do túnel. As medidas do governo não resolvem, mas melhoram a vida de um segmento da sociedade que só conheceu o isolamento e a ridicularização social.

OBSERVAÇÃO 1: Os dados transcritos nesta matéria foram retirados do filme publicado pela BBC Brasil, por isso, todos os direitos ficam a ela reservados.

Um comentário:

  1. E que não demore para que cada vez mais se perceba que em todas as diferenças (e apesar de todas as diferenças) no final são sempre seres humanos que merecem respeito e ser feliz.

    Parabéns pro Paquistão...

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