Por Thonny Hawany
Poucos sites se posicionaram a respeito do que disse a atriz Miriam Rios, depois de seus vários fracassos, hoje deputada estadual na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, a respeito da PEC 23/2007. Passei algumas horas no meu computador lendo noticiários e sites especializados e cheguei à seguinte conclusão: o discurso de Miriam Rios foi tão cheio de erros políticos, conceituais, religiosos, sociais que não seria digno de nenhuma desnecessária exposição na mídia.
Para reforçar o que estou falando, o site MixBrasil publicou que o discurso de Myrian Rios na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro é tão burro que vale muito pouco. Ela diz que quer ter o direito de ser respeitada por sua orientação sexual “homem com mulher como está em Gênesis”. Fala que funcionários gays ou lésbicas poderiam bolinar seus filhos e que ela não poderia fazer nada. E ainda afirma que "caso a PEC passe, a pedofilia seria liberada, já que o pedófilo afirmaria que a pedofilia é sua orientação sexual”. É um discurso sem pé nem cabeça. Ela diz ainda que não é preconceituosa (imagina se fosse), e que possui parentes de sangue homossexuais e lésbicas, e que ainda ora por eles porque “a salvação é para todos”.
Bingo, ai está o porquê esse discurso não representou nada. Nele não há nada. Não há conteúdo religioso, não há conteúdo político, não há conteúdo social. Não há conteúdo moral. Em suma, não há nada. Trata-se de um monte de besteiras faladas como os loucos que jogam fezes para todos os lados quando estão enfurecidos ou querendo chamar a atenção de outras pessoas que passam. Ela não sabe o que é orientação sexual. Ela não sabe diferir homossexualidade de pedofilia. Ela e seu discurso têm o mesmo peso: NADA.
Particularmente, eu não acredito que Miriam Rios estivesse falando em nome da Igreja Católica, uma igreja que sempre se pautou pela discrição de seus discursos e que se mostrou sempre preocupada com os resultados deles. Penso que: se a Igreja Católica quisesse usar aquela tribuna, ela o teria feito usando alguém melhor preparado e com um histórico de vida diferente do da referida atriz. A Igreja Católica e seus segmentos sempre se mostraram contrários à aprovação de leis para a comunidade LGBT, mas, NUNCA, se prestaria a um desvario como o da deputada Miriam Rios.
Como todos sabemos, o Rio de Janeiro foi o Estado responsável pela grandiosa decisão do STF que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, é do Rio de Janeiro que partem os grandes exemplos em favor dos direitos humanos de lésbicas, de gays, de bissexuais e de transexuais. É no Rio de Janeiro onde está uma das mais atuantes coordenações políticas em favor da comunidade LGBT. Esperamos que esse Estado faça valer a sua força também para a aprovação das leis que garantam mais e melhores direitos à comunidade LGBT do Rio e do Brasil.
Como religiosa ela deveria ensinar o amor e o respeito ao próximo (foi incompetente), como deputada deveria estar ali para aprovar leis proibindo que cidadãos sofram nas mãos de algozes homofóbicos, (falhou, acabou por incitar mais ainda o ódio a lésbicas, gays e transexuais ao dizer que somos pedófilos), como mãe, ensinou aos seus e aos filhos de outrem que homossexuais não são dignos de emprego, de leis que os protejam e como cidadã, neste caso, fez o pior de todos os papeis: mostrou que foi eleita para segregar, para proteger e defender os interesses de uma parte da sociedade em detrimento do massacre, do abandono e da marginalização de outra que ela mesma não soube definir.
REFERÊNCIA: MixBrasil, Folha.UOL
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