sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CURSO DE PSICOLOGIA DA UNESC DISCUTE AS RELAÇÕES ENTRE PSICOLOGIA E DIVERDIDADE SEXUAL COM ÊNFASE PARA A TEORIA QUEER E A HOMOSSEXUALIDADE NA PERSPECTIVA DO DIREITO.

Por Thonny Hawany

Nos dias compreendidos entre 24 e 27 de agosto de 2010, o Curso de Psicologia da UNESC realizou a sua III Semana com o tema “Diálogos Interdisciplinares”.
Entre as discussões polêmicas e inflamadas, a coordenação do evento ousou incluir o tema “Psicologia e Diversidade Sexual”, em mesa de apresentação e debate, sob a ótica do professor me. Cleber Assis que discorreu sobre a Teoria Queer com o fito de mostrar que a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero dos indivíduos são o resultado de uma construção puramente social, não havendo, deste modo, papéis sexuais definidos, prontos e acabados. O professor me. Antônio Carlos da Silva Thonny explanou sobre a homossexualidade, seus aspectos históricos, suas principais lutas de afirmação e de visibilidade, seus gêneros e espécies, além de apresentar um panorama bastante amplo dos direitos e garantias que têm sido criados em favor da comunidade LGBT no Brasil e no mundo. Foram apresentados de forma sucinta o teor dos principais tratados internacionais de Direitos Humanos, a Lei 11.040 (Maria da Penha), além de diversos julgados que garantiram direitos aos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), a exemplo de: direitos trabalhistas, benefícios previdenciários, partilha de bens, direito sucessório, direito real de habitação, adoção, direito a visitas íntimas (no âmbito da execução penal), obrigação alimentícia, inclusão do(a) convivente como dependente no plano de saúde e na declaração do Imposto de Renda, entre outros.
Em face do exposto, percebi que as discussões foram muito proveitosas, os acadêmicos, futuros psicólogos, mostram-se bastante receptivos ao tema, fizeram perguntas pertinentes e, se não fosse a exiguidade do tempo, as discussões teriam entrado noite a dentro. Sendo assim, está de parabéns o Curso de Psicologia da UNESC pelo pioneirismo em discutir assunto dessa natureza. Como militante LGBT, senti-me honrado duplamente: primeiro, por ter feito parte das discussões e segundo por ter sido contemplado por elas. As academias não podem se furtar de discutir tais temas sob pena de não acompanharem o engenho que move o Homem e suas relações sociais. Especialmente quero parabenizar, pela qualidade do evento, o senhor coordenador do Curso professor me. Rogério Dias, nome pelo qual estendo cumprimentos, gratidão e agradecimentos aos demais membros do Colegiado (professores e alunos).

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