quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

RONDONÊS

Por Thonny Hawany

Cada sociedade possui uma cultura que a determina e que a particulariza, mas nenhum grupo é culturalmente forte, se não o for por intermédio da linguagem. Diga-se de passagem, a língua é o principal fator de desenvolvimento e de afirmação ideológica de um povo. É por meio dela que todas as experiências concretas e abstratas são registradas na consolidação da cultura de um indivíduo social. Apesar de ser um Estado bastante novo, Rondônia também tem seus trejeitos, seu vocabulário, sua cultura, seus monumentos, sua beleza natural.
Colonizado por gente vinda dos demais estados brasileiros e também de outros países a procura de um eldorado, Rondônia desenvolveu uma cultura bastante diversificada. A criatividade  do rondoniense aliada aos fatores sócio-culturais decorrentes de uma colonização caótica, fez com que a sua cultura derivasse da união de costumes trazidos do velho mundo com a experiência adquirida no encontro do homem com a floresta.
Assim sendo, se você é do tipo que pensa que bavária é cerveja ou estado alemão, que anzol é material de pesca, que avião é meio de transporte e que carapanã e taruíra são dupla sertaneja; precisa, urgentemente, rever os seus conceitos lingüísticos antes de se aventurar num tour por Rondônia.
Conhecer as maravilhas naturais desse pedacinho da floresta amazônica onde "o céu se faz muldura" é um dos muitos privilégios que o turista pode ter ao visitar Rondônia. No entanto, é preciso tomar certos cuidados com as armadilhas oferecidas pela variante linguística regional que, apesar de não haver novas palavras, velhos grafemas ganharam novos significados.
Além da revitalização que a Floresta Amazônica oferece ao turista, ainda se pode pescar um Tambaqui no Machadão em Ji-Paraná ou, se preferir, pode, no Porto do Cai N'Água, no Rio Madeira, em Porto Velho, tomar um barco e vazar para conhecer a Cachoeira de Santo Antônio e se delirar com os acrobáticos saltos do boto cor-de-rosa.
Ao passar pela capital do antigo Território do Guaporé, é obrigatória uma parada no Mirante ou Cai N’Água para tomar uma breja gelada, comer um amendoim torrado, visitar o Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e pegar uma carona na Mad Maria. Em seguida, poque para a Praça das Três Caixas D’água, também chamadas de Três Marias. Se for hora da bóia, peça, de entrada tacacá, como prato principal, pato no tucupi ou filé de tambaqui ao creme de cupuaçu, de sobremesa doce de mamão-jacatiá com creme açaí e para beber suco de araçá-boi ou cupuaçu.
Para não levar fama de brioco, não dê uma de abirobado, seja anzol. Se não gostou, azula sem olhar para trás, mas se gostou venha conhecer a nossa gente, a nossa cultura, o nosso jeito filé de ser brasileiro de Rondônia, com muito orgulho. Não brume, arrume o cacalho, as matulas e venha bamburrar de nossa alegria nas terras de Rondon. Enra!

Texto em Construção... Faça sugestão de palavras e expressões para serem acrescidas neste texto pelo e-mail: thonnyhawany@hotmail.com

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