quarta-feira, 17 de outubro de 2012

JI-PARANÁ REALIZA SUA SEGUNDA PARADA LGBT

Thonny Hawany

Com o tema “Homofobia tem cura”, mais de 300 LGBT e simpatizantes da causa marcharam pelas principais ruas e avenidas de Ji-Paraná, neste domingo, dia 14 de outubro de 2012, arrastando um arco-íris de alegria e de protesto.

Segundo Fabrício Xavier, um dos organizadores da Parada, o apoio do poder público foi quase insignificante, além de uns poucos preservativos e de algumas estadas e passagens, os governos municipal e estadual silenciaram-se diante do manifesto. Como diria um conhecido jornalista brasileiro: “Isso é uma vergonha!”.

A concentração da Parada teve início por volta das 16 horas, no pátio de um posto de gasolina, próximo à BR 364. Às 18 horas, a Parada saiu em direção à Avenida Brasil, subiu até a T 13 e desceu a Curitiba, em direção ao espaço cultural denominado Beira Rio, às margens do Rio Machado, onde houve mais manifestos.

Agitando flâmulas coloridas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, aliados e aliadas, todos muito felizes, dançavam embalados pela música de um pequeno carro de som. À medida que o cortejo avançava pelas ruas, pequenos grupos de pessoas, bem colocados nas calçadas, acompanhavam com admiração e respeito o manifesto. Por vezes, chegaram a aplaudir a manifestação.

Segundo afirmou Fabrício Xavier ao site G1: “Não adianta dizer que o preconceito não existe. A homofobia está em todos os lugares. Por isso hoje nós estamos aqui fazendo um apelo para a sociedade, que respeite a orientação sexual de cada cidadão”.

As novidades deste ano ficaram por conta do aumento de pessoas heterossexuais na Parada LGBT e pelo marcante respeito às religiões. Todas as vezes que o grupo se aproximava de uma igreja ou templo religioso em funcionamento, o carro de som era silenciado em respeito ao direito constitucional de liberdade de crença.

Para Guta de Matos, conhecida militante LGBT de Rondônia, o importante não é o número de pessoas que uma parada arrasta, mas a sua proposta política. “Independente da quantidade, o que vale mesmo é a qualidade”, emendou Guta de Matos.

Segundo Adriano de Souza: “As paradas do orgulho LGBT estão se disseminando por todo o interior do Brasil e isso é um claro sinal de amadurecimento político da população LGBT”.

“Não podemos nos silenciar diante daqueles que não reconhecem os nossos direitos. É preciso marchar em direção à igualdade, à liberdade e ao respeito a nossa dignidade LGBT, afirmou Denise Limeira em seu discurso inicial.

A Parada contou com o apoio da Polícia Militar e de agentes do EMTU que controlaram o trânsito e garantiram a segurança de todos os que participaram.

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