segunda-feira, 12 de março de 2012

ONU ENTRA NA LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO LGBT

Neste dia 7 de março de 2012, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas – ONU – solicitou que a comunidade internacional combata a violência contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Embora a ONU seja uma instituição poderosa, isso não impedirá que ela encontre resistência, especialmente, daqueles países em que a homossexualidade ainda é tida como crime.

Para Ban Ki-moon, "nós vemos um padrão de violência e discriminação dirigida a pessoas só porque elas são gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais". Em continuação, afirmou que “essa é uma tragédia monumental e que fere a nossa consciência coletiva. É também uma violação do direito internacional.” O secretário-geral da ONU disse isso na sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Conforme Ban Ki-moon “quaisquer ataques aos homossexuais, bissexuais e transexuais serão ataques aos valores universais da Organização das Nações Unidas que jurou defender e respeitar.” Na continuidade de sua fala, o secretário-geral apelou para que todos os países e para que todas as pessoas do mundo apoiem o homem e a mulher homossexual, não os discriminando.

A respeito do assunto, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pallay, afirmou que todas e quaisquer leis que criminalizam a homossexualidade ferem, diretamente, os direitos humanos e causam, segundo ela, “um sofrimento desnecessário” a gays, a lésbicas, a bissexuais, a travestis e a transexuais. Haja sofrimento. Só nós LGBT sabemos o quanto sofremos quando a sociedade nos ataca física e moralmente.

Muitos líderes de países homofóbicos têm a homossexualidade como um conflito ideológico, cultural e religioso, afirmou Pillay. Para ela, esse confronto entre certas culturas e os direitos humanos é absolutamente desnecessário. Em todos os casos, os países que criminalizam a homossexualidade caminham contra os direitos individuais da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana. Isso é notório até para os mais leigos.

Em face do exposto, sabemos que a luta não será fácil, mas é preciso acreditar nela. Temos a ONU e líderes de países desenvolvidos, a exemplo dos Estados Unidos da América, como aliados incondicionais da luta LGBT. Como sempre falo, o átomo do preconceito é difícil de ser rompido, mas não impossível. O que precisamos é de um movimento sério que não agrida o outro, ainda que esse outro seja um ferrenho defensor de culturas contraditórias à homossexualidade. O diálogo ainda é o melhor caminho para vencer o preconceito e avançar histórica e culturalmente.

FONTE:
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120308100849&assunto=18&onde=Mundo



Nenhum comentário:

Postar um comentário